A Polícia Federal, a Receita Federal, o Ministério Público e a Força Correcional Integrada da Bahia deflagraram, nesta terça-feira (26/11), a Operação Patrocínio Indigno. O objetivo é desarticular uma organização criminosa que destruiu provas armazenadas em meio digital, a mando de um advogado que defende um dos presos na Operação El Patrón.
Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, um de prisão domiciliar e cinco de busca e apreensão em Feira de Santana (BA) e Serrinha (BA), seguindo determinação da 1ª Vara Criminal de Feira de Santana (BA).
A investigação é um desdobramento da Operação El Patrón, iniciada em 7 de dezembro de 2023. A PF informou que as investigações continuam em busca de outros envolvidos. Se condenados, os investigados podem enfrentar penas que ultrapassam 8 anos de prisão.
A Operação El Patrón desarticulou uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro de atividades ilegais, como jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada, além de ter suspeitas de envolvimento com milicianos.
Dez mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão foram cumpridos em Feira de Santana e cidades vizinhas, com bloqueio de mais de R$ 700 milhões em contas bancárias e sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais. Seis empresas tiveram suas atividades suspensas, contando com a participação de 200 policiais federais e estaduais, 15 auditores fiscais e seis analistas tributários.
A investigação teve início após denúncias do Ministério Público da Bahia sobre crimes graves na região. Durante as investigações, foram encontradas evidências do envolvimento dos suspeitos com um grupo miliciano, incluindo estrutura e poder econômico. Inconsistências fiscais e movimentações financeiras incompatíveis também foram identificadas, assim como a participação de três policiais militares no braço armado do grupo miliciano.
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