O coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu, ex-assessor do Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro, sugeriu em dezembro de 2022 que manifestantes fossem à residência do presidente da Câmara, Arthur Lira, em Brasília. Ele estava frustrado com Bolsonaro por não informar aos apoiadores que havia desistido de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente.
Vieira, conhecido como “Velame”, era chefe de gabinete do general Mário Fernandes, preso suspeito de envolvimento em um plano para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Em um áudio obtido pela Polícia Federal, Vieira relata que orientou os manifestantes a irem até a casa de Bolsonaro, mas o ex-presidente não apareceu. Ele mencionou então a possibilidade de encaminhá-los à residência de Lira, porém confessou sentir vergonha de fazer o pedido.
Na mesma mensagem, o coronel reformado expressa que Bolsonaro deveria ter coragem moral para informar que desistiu, permitindo que seus apoiadores passassem ao menos o Natal em casa.
Onze dias após o áudio, Bolsonaro deixou o Brasil e passou três meses nos Estados Unidos.
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