O ex-presidente Jair Bolsonaro admitiu, em entrevista à coluna, que o projeto que concede anistia aos condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro de 2023 só deve avançar em 2025 no Congresso Nacional.
O ex-mandatário contou que conversou com Arthur Lira (PP-AL) e concordou com a decisão do presidente da Câmara de tirar a proposta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e mandá-la para uma comissão especial.
“Ele conversou comigo, sim. Eu concordei com a criação da comissão. Na comissão (especial), você pode convidar ou convocar certas pessoas. Do nosso lado, eu conversei com mais parlamentares também, a gente quer trazer, por exemplo, aquelas seis crianças de dez anos para baixo, filhas de um homem que foi condenado a 17 anos, está foragido, ninguém sabe onde ele está. Está foragido”, disse o ex-presidente em entrevista concedida na terça-feira (12/11).
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Ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à coluna, que é candidato à Presidência até que sua morte política seja anunciada para valer
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Bolsonaro disse apostar que pode reverter sua inelegibilidade tanto via Judiciário quanto por meio do Congresso Nacional
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Ex-presidente também afirmou que Donald Trump pode ajudá-lo a ser candidato, porque vai “investir” no Brasil
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Bolsonaro previu que projeto da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro só deve avançar no Congresso em 2025
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Para Bolsonaro, se PL ficar com a 1ª vice do Senado poderá usar o cargo para pautar o PL da Anistia
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Bolsonaro afirmou que não tinha alternativa. Segundo ele, mesmo que a proposta fosse aprovada na CCJ, ele tinha dúvidas se ela seria aprovada no plenário da Câmara.
“Esse ano não vai dar certo, no meu entender. Não vai ter tempo para isso. Mas não tínhamos alternativa. Porque, olha só: mesmo se aprovado na comissão… Estava lá conversando com a Carol de Toni (PL-SC), presidente da CCJ, estava indo muito bem. Tínhamos muita esperança de aprovar lá. Agora, indo para a Câmara, teria que ter o Lira para botar em pauta. E tínhamos dúvida se o plenário apoiaria. Você ouvia há pouco tempo o líder do PDT falando que é favorável a uma anistia parcial. Já se começou a falar. Lá atrás, o José Múcio, ministro da Defesa, falou que não foi golpe. Há poucos dias, o (Nelson) Jobim (ex-ministro do STF e da Defesa) falou a mesma coisa, depois voltou atrás. Mas já falou alguma coisa”, declarou.
O ex-mandatário disse preferir que a discussão sobre a anistia demore mais um pouco, para evitar que o projeto acabasse sendo rejeitado pelos deputados federais e senadores.
“Lamento, sinto a dor dessas pessoas. Mas é melhor partimos para uma quase certeza do que ficarmos em uma incerteza o deslinde dessa proposta de anistia”,
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