Bolsonaro diz que estado de sítio foi estudado e que palavra golpe não existe em seu dicionário

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Bolsonaro no aeroporto

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que considerou implementar o estado de sítio no final de seu governo, mas negou qualquer envolvimento em um golpe de Estado. Ele enfatizou que a palavra “golpe” não faz parte de seu vocabulário.

Bolsonaro rejeitou as acusações após ter sido indiciado pela Polícia Federal, juntamente com outras 36 pessoas, por crimes relacionados a tentativa de golpe de Estado. As penas podem chegar a 28 anos de prisão. As investigações apontam várias ações golpistas em 2022, incluindo ataques ao sistema eleitoral e planos para anular o resultado das eleições.

Um dos documentos investigados, intitulado “Planejamento – Punhal Verde Amarelo”, teria sido elaborado por um general da reserva e incluía planos para assassinar o presidente eleito, o vice-presidente e um ministro do Supremo Tribunal Federal.

Bolsonaro, por sua vez, não abordou diretamente esses pontos da investigação, especialmente porque seus aliados dificultaram as perguntas. Ele afirmou que considerou todas as medidas possíveis, incluindo o estado de sítio, dentro dos limites da Constituição.

Segundo especialistas, o estado de defesa, mencionado na investigação, seria inconstitucional. Já o estado de sítio, utilizado em situações extremas como durante uma guerra, tem o objetivo de restringir ainda mais as liberdades individuais.

Em relação ao ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro criticou sua atuação, sugerindo que o mesmo magistrado toma diversas decisões e, posteriormente, vota para condenar pessoas.

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