A Polícia Federal concluiu que o golpe de Estado não foi consumado em dezembro de 2022, de acordo com o relatório final das investigações. O comandante do Exército e o Alto Comando mantiveram a “posição institucional” durante visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, em Brasília. No mesmo dia, o plano de prender o ministro do STF Alexandre de Moraes também seria executado.
Segundo a PF, o general Mario Fernandes enviou um áudio para o general Luiz Eduardo Ramos informando que o comandante do Exército iria ao Palácio da Alvorada para autorizar Bolsonaro a implementar o golpe.
O relatório da PF destaca que a consumação do golpe necessitaria do apoio do Exército, o braço armado do Estado. Porém, apesar das reuniões realizadas por Bolsonaro com os comandantes das Forças e o ministro da Defesa, os militares não aderiram ao golpe.
Um grupo de pelo menos seis pessoas, incluindo militares com treinamento em operações especiais, foi encarregado de acompanhar o ministro do STF Alexandre de Moraes para executar o plano de prisão/execução, chamado de “Copa2022”, dentro do esquema do golpe de Estado “Punhal Verde Amarelo”.
Essa equipe acompanhou os passos de Moraes ao longo do dia, utilizando carros de aplicativos e celulares descartáveis para ocultar suas ações, porém o plano foi abortado.
A ação clandestina visava o ministro Alexandre de Moraes, com a equipe dividida em pontos estratégicos próximos ao STF, à residência do ministro e ao Parque da Cidade. Essa ação seria executada caso Bolsonaro assinasse o decreto de golpe de Estado em 15/12/2022.
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