No início da tarde desta quinta-feira, o indiciamento do ex-Presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas pela Polícia Federal (PF), sob alegação de planejar e executar ações para derrubar o governo, está causando grande comoção entre políticos e autoridades. Uma das primeiras reações foi a do Procurador Geral da União, Jorge Messias, que elogiou a luta contra tentativas de minar o regime democrático.
“A notícia do indiciamento pela PF do ex-presidente e membros de seu governo pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e crime organizado oferece ao país a oportunidade de responder de forma eficaz aos ataques à nossa democracia, uma conquista valiosa e indelével do povo brasileiro,” disse Messias.
No início da tarde de quinta-feira, a PF confirmou o envio do relatório final da investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e crime organizado estão o ex-Comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o ex-Ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, o Tenente-Coronel do Exército Mauro Cid, ex-aide-de-camp de Bolsonaro, o presidente do PL Valdemar Costa Neto, e o ex-Ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
“Vemos com absoluta surpresa e indignação as informações reveladas pela investigação, onde encontramos o ex-presidente da República no topo da cadeia de comando da organização criminosa, junto com generais, coronéis, servidores públicos do governo federal que fizeram parte da campanha e governo de Bolsonaro. Com a ousadia de conspirar contra a democracia, sem limites, a ponto de planejar contra a vida do Presidente Lula, Vice-Presidente Alckmin e o ex-Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. São crimes muito graves, acusações muito sérias,” disse o Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta.
Por outro lado, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro e aliado próximo de Bolsonaro, atribuiu os indiciamentos a narrativas construídas nos últimos anos. Ele também pediu que a Procuradoria Geral da República (PGR) analise cuidadosamente a investigação da PF.
“Diante de todas as narrativas construídas nos últimos anos, o indiciamento do Presidente Jair Bolsonaro, Presidente Valdemar Costa Neto e outras 35 pessoas, noticiado hoje pela Polícia Federal, não foi apenas esperado, mas representa a continuidade do implacável processo de perseguição política contra o espectro político que representam. Espera-se que a Procuradoria Geral da República, quando convocada pelo Supremo Tribunal Federal, possa cumprir sua missão institucional com serenidade, independência e imparcialidade, focando efetivamente em provas concretas e se afastando definitivamente de meras conjecturas,” afirmou.
O senador acrescentou ainda: “Ao reafirmar…”
Em recente declaração, o compromisso com a defesa do Estado de Direito é crucial para restaurar a verdade e pôr fim a uma série de narrativas politicamente motivadas desprovidas de bases factuais. A restauração da normalidade institucional e o fortalecimento de nossa democracia são primordiais.
O presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a prisão dos acusados de promover um golpe. Ela destacou que o indiciamento de Jair Bolsonaro e seu grupo dentro do governo abre caminho para responsabilizá-los na justiça pelos crimes cometidos.
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