O ex-deputado republicano Matt Gaetz, que havia sido nomeado chefe do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, renunciou à sua nomeação nesta quinta-feira. Gaetz é investigado por acusações como tráfico sexual, uso de drogas ilícitas, aceite de benefícios impróprios e obstrução de investigações governamentais.
Segundo Gaetz, ele decidiu renunciar, pois não gostaria de ser um empecilho para o trabalho de transição para o segundo governo Trump. “Não há tempo a perder em uma desnecessária e prolongada briga, portanto, estou renunciando à nomeação para Advogado Geral”
Gaetz era representante da Flórida no congresso e havia conquistado a reeleição para um quinto mandato nas eleições de novembro deste ano, mas renunciou a posição justamente após a sua nomeação ter sido anunciada. No Congresso, Gaetz trabalhou no Comitê de Justiça da Câmara dos Representantes e foi um ferrenho crítico da administração democrata do Departamento de Justiça.
Gaetz é alvo de sérias alegações envolvendo a sua vida pessoal. Em 2021, foi acusado de ter se relacionado sexualmente com uma jovem de 17 anos e violado leis federais de tráfico sexual. Por estas alegações, não foi indiciado pelo Departamento de Justiça.
Suas ações, no entanto, continuam sendo investigadas pelo Comitê de Ética da Casa. O comitê também investiga acusações de uso de drogas ilícitas, aceite de benefícios impróprios e obstrução de investigações governamentais de sua conduta. O resultado da investigação é esperado até o fim deste ano.
O presidente eleito Donald Trump emitiu uma nota após o anúncio de Gaetz afirmando que ele aprecia os seus esforços para garantir a aprovação do senado: “Ele estava indo muito bem, mas, ao mesmo tempo, não quis ser uma distração para a administração, pela qual ele tem muito respeito”. Trump ainda afirmou que Gaetz tem um “futuro maravilhoso” e que “está ansioso para ver todas as grandes coisas que ele fará”.
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