O tenente-coronel Mauro Cid informou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que o ex-ministro Walter Braga Netto participou de uma reunião com militares indiciados por planos golpistas em 12 de novembro de 2022. A presença de Braga Netto foi apontada pela Polícia Federal nos relatórios da investigação, mas o general negava ter recebido os militares em seu apartamento em Brasília nessa data. Mauro Cid afirmou que levou os tenentes-coronéis Rafael de Oliveira e Hélio Ferreira Lima para o apartamento de Braga Netto.
Braga Netto saiu da reunião 20 minutos após o início para cumprir compromissos no Palácio da Alvorada. Ele apresentou a Moraes o registro de entrada e saída do Alvorada como prova. Durante seu depoimento no Supremo, Cid afirmou não saber os detalhes discutidos na reunião e nem se o ex-presidente Jair Bolsonaro estava ciente do plano do general da reserva Mario Fernandes de assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Moraes.
Mauro Cid chegou à sede do STF na quinta-feira por volta das 13h30, preparado para possivelmente ser preso. Em outro momento, em março, durante um depoimento no Supremo, ele desmaiou ao ser informado de sua prisão e foi levado para um Batalhão de Polícia do Exército.
Após prestar esclarecimentos, negando conhecimento sobre o plano de assassinato de autoridades, Moraes considerou as informações de Cid importantes e manteve o acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, enquanto o procurador-geral da República foi contra a anulação da delação.
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