Um estudo indica que as mortes por demência e Alzheimer aumentaram significativamente no Brasil nas últimas três décadas. O problema decorre de um erro no processamento de proteínas no sistema nervoso central, levando à deterioração das memórias e sentimentos. Em 1996, foram registradas 985 mortes, enquanto no ano passado, o número saltou para 34.279, representando um aumento de 3.380%. Esses dados são baseados no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.
A demência costuma afetar áreas importantes do cérebro, como o córtex cerebral, provocando perdas de memória e habilidades cognitivas. O Alzheimer é um dos principais responsáveis por essas condições, causando acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro. Com o envelhecimento da população, o aumento de casos e mortes por demência é uma realidade que desafia o sistema de saúde do Brasil.
Além disso, fatores como falta de prevenção, envelhecimento da população e subdiagnóstico contribuem para o cenário alarmante. O isolamento social também é apontado como um fator de risco, pois a falta de estímulos cerebrais pode agravar a doença. Estima-se que casos de demência dobrarão até 2050, tornando-se uma espécie de pandemia global.
Os impactos sociais e emocionais dessas doenças são evidentes em relatos como o de Zélia de Avelino, que, aos 84 anos, enfrenta o Alzheimer, ou de Daniel Rosa München, diagnosticado com Alzheimer precoce aos 53 anos. Familiares e cuidadores são essenciais para garantir qualidade de vida e dignidade aos pacientes, enfrentando os desafios diários com amor e apoio mútuo.
A conscientização, a busca por diagnóstico precoce, o apoio familiar e a melhoria nos serviços de saúde e sociais são fundamentais para lidar com o crescente número de casos de demência e Alzheimer no Brasil. A luta contra essas doenças exige a união de esforços de toda a sociedade.
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