O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a inelegibilidade do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e da chapa liderada por Sandro Mabel, prefeito eleito de Goiânia, devido ao abuso de poder político durante as eleições municipais deste ano. O MPE aponta que Caiado usou a sede do governo para promover eventos em apoio a Mabel, seu aliado, o que caracteriza abuso de poder político.
A decisão veio em resposta a uma ação movida por Fred Rodrigues, que denunciou o abuso e o descumprimento da Lei das Eleições. Ele pede que Mabel, sua vice, Cláudia da Silva Lira, e o governador sejam considerados inelegíveis, percam seus registros de candidatura e/ou diplomas, e paguem uma multa. O MPE concordou com todos os pedidos.
Rodrigues, que contou com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições goianienses, foi derrotado pelo candidato de Caiado no segundo turno.
O MPE considerou os jantares organizados por Caiado com lideranças políticas após o primeiro turno. Segundo a procuradoria eleitoral, o governador utilizou recursos do governo, como alimentos, bebidas e serviços de funcionários públicos, para promover o evento.
O MPE também apontou que os jantares foram divulgados na imprensa e redes sociais, o que comprometeu a normalidade do pleito. Caiado e Mabel negam as acusações. O governador alega que os eventos eleitorais ocorreram fora da sede do governo. Já o prefeito eleito argumenta que os jantares faziam parte da agenda do governador e não tinham relação com o pleito.
Uma audiência foi marcada para o dia 2 de dezembro para ouvir testemunhas e avaliar as ações. As testemunhas poderão participar presencialmente ou por videoconferência.
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