O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, indiciado por participar de um suposto plano para decretar um golpe de Estado no Brasil, publicou uma nota nas redes sociais se defendendo da acusação. Ele alega não ter conhecimento técnico para elaborar qualquer documento jurídico que poderia destituir o governo eleito. O religioso é uma das 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal no inquérito do golpe, sendo apontado como o criador e disseminador de uma “oração do golpe”. Segundo a PF, ele enviou uma mensagem pedindo orações a Deus para membros das Forças Armadas agirem em prol de Bolsonaro, logo após as últimas eleições presidenciais.
A investigação apontou que o padre participou de uma reunião em 2022 para tratar do plano golpista e foi alvo de uma operação de busca e apreensão. Atualmente, está proibido de manter contato com os demais investigados e de sair do país. Nas redes sociais, ele agradeceu o apoio recebido e mencionou que sempre atendeu espiritualmente a população no Brasil, combatendo o aborto e em defesa da vida. Sua defesa alega que não há prova de que ele tenha mobilizado qualquer documento para um golpe de Estado.
José Eduardo de Oliveira e Silva, conhecido como padre influenciador digital, tem 43 anos e atua na Paróquia São Domingos, em Osasco. Ele possui cerca de 425 mil seguidores no Instagram e é reconhecido por suas publicações polêmicas. O religioso também postou uma foto com uma bandeira do Brasil cobrindo o altar da igreja durante as eleições presidenciais e compartilhou histórias bíblicas em momentos chave da política nacional.
O relatório final da PF sobre a trama golpista nos últimos dias do governo Bolsonaro resultou no indiciamento de 37 pessoas, incluindo o ex-presidente e ex-ministros. O documento foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República, que vai avaliar se oferece denúncia contra os indiciados ou se solicita novas investigações.
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