O representante da Arábia Saudita, Albara Tawfiq, anunciou que os países árabes não aceitarão qualquer proposta contrária ao uso de energias fósseis no documento final da COP29, realizada em Baku, Azerbaijão. Essa posição vai contra as expectativas de um acordo mais rígido sobre a redução do uso de combustíveis fósseis.
Os europeus esperavam que a conferência resultasse em um compromisso mais sólido para a redução gradativa dos combustíveis fósseis, considerada essencial para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C até o final do século. A recusa dos países árabes em avançar nesse sentido contrasta com o consenso da COP28 em Dubai, onde reconheceu-se a urgência da transição para um futuro sem combustíveis fósseis.
Essa mudança de postura dos países árabes na nova conferência tem gerado tensões nas discussões sobre financiamento climático. A dificuldade em alcançar um consenso reflete as divergências entre as nações, tornando as negociações ainda mais complicadas em um momento crucial para a luta contra as mudanças climáticas. O ministro irlandês Eamon Ryan expressou preocupação com o retrocesso nas negociações, enfatizando a importância de resolver essas questões, especialmente considerando a influência do grupo árabe.
Por outro lado, as discussões na COP29 apontam possíveis desafios em chegar a um acordo global robusto que contemple a preocupação com o meio ambiente e ações efetivas para enfrentar as mudanças climáticas. A pressão internacional por medidas mais enérgicas cresce diante da resistência dos países árabes e de outras nações que ainda dependem fortemente de combustíveis fósseis.
Por fim, a comunidade internacional segue atenta às negociações em Baku, aguardando desdobramentos que possam definir as próximas ações no combate às mudanças climáticas e na promoção de um desenvolvimento mais sustentável e responsável.
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