O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), encerrou, nesta sexta-feira (8/11), a 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20). O evento ocorreu no Congresso Nacional e contou com a participação de parlamentares brasileiros e estrangeiros, que discutiram igualdade de gênero e questões ambientais.
O P20 foi criado em 2010 com o intuito de incluir os parlamentos das maiores economias globais na discussão de acordos internacionais entre os membros do G20. Em Brasília, marcaram presenças membros da África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Brasil, Canadá, China, França, Índia, Indonésia, Itália, México, Reino Unido, República da Coreia, Rússia, Turquia, União Europeia (Parlamento Europeu), União Africana (Parlamento Pan-Africano).
No discurso de encerramento, Arthur Lira destacou a importância da reforma da governança global, discurso também defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Se desejamos que os desafios globais sejam adequadamente debatidos e resolvidos, se desejamos que as instituições internacionais sejam respeitadas e suas decisões aceitas, é inevitável tratarmos da reforma da governança global”, reforçou Lira.
“São, portanto, dignos de todos os elogios os debatedores da sessão de trabalho sobre construção de governança global adaptada aos desafios do século 21, tema que tende a ganhar cada vez mais força nos foros multilaterais e em nossos parlamentos”, indicou o presidente da Câmara dos Deputados.
Estava prevista a participação do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na cerimônia de encerramento. No entanto, ele teve que se ausentar do evento em decorrência do falecimento do pai, Helio Cota Pacheco, aos 81 anos, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
As discussões no P20 ocorreram meses após a 1ª Reunião das Mulheres Parlamentares do P20, em Maceió, capital de Alagoas. No encontro foram discutidos a participação feminina na política e a promoção da justiça climática, mesma temática da cúpula encerrada nesta sexta.
O P20 acaba com uma declaração conjunta dos membros. O documento reúne as posições dos parlamentos e países envolvidos em questões globais, como luta contra a desigualdade de gênero e a necessidade de uma governança global mais equitativa e representativa.
Carta de Alagoas
A declaração do P20 também inclui a Carta de Alagoas, que defende a participação feminina em espaços decisórios e a promoção dos direitos das mulheres.
“Comprometemo-nos com a participação e representação plena, segura, igualitária e significativa das mulheres na vida política e econômica, de modo que possam assumir papéis de liderança e protagonismo no enfrentamento a desafios globais”, diz trecho da declaração conjunta.
Arthur Lira ainda destacou a importância da discussão de pautas de preservação ambiental, visto a proximidade da 29º Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP29), em Baku, Azerbaijão.
“São, portanto, dignos de todos os elogios os debatedores da sessão de trabalho sobre construção de governança global adaptada aos desafios do século 21, tema que tende a ganhar cada vez mais força nos foros multilaterais e em nossos parlamentos”, pontuou Lira.
A declaração conjunta será enviada aos chefes de Estado do G20, que estarão no Brasil entre os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro. A Argentina se desvinculou do documento.
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