Itamaraju: Neste sábado, 9 de novembro, familiares e amigos de Tábita Pereira, jovem de 27 anos que perdeu a vida em um acidente no último domingo, 3, voltaram às ruas para protestar e exigir justiça. O ato aconteceu no exato local do acidente, onde Tábita foi atingida por uma caminhonete enquanto pilotava sua motocicleta. Com faixas e cartazes, os manifestantes bloquearam a via e pediram a prisão imediata de Márcio Baiocco, o motorista responsável pela colisão.
Durante o protesto, uma mulher tentou furar o bloqueio com uma caminhonete, causando confusão entre os presentes. O tumulto quase resultou em um novo acidente, gerando revolta nos manifestantes. Filmada ao tentar atravessar o bloqueio, a motorista reagiu fazendo gestos para a câmera, atitude que a família de Tábita interpretou como uma ironia ao momento de dor.
A Polícia Militar, que acompanhava o ato, interveio para conter a situação. Ainda não se sabe o motivo pelo qual a mulher insistiu em furar a manifestação.
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Investigações apontam suspeita de embriaguez
De acordo com informações da Polícia Civil, testemunhas relataram que Baiocco aparentava sinais de embriaguez no momento do acidente. O motorista foi ouvido na segunda-feira, 4 de novembro, na Delegacia da Polícia Civil de Itamaraju, acompanhado por um advogado. Em seu depoimento, ele negou ter ingerido bebida alcoólica, embora tenha admitido imprudência ao realizar uma ultrapassagem em local sinalizado, onde a manobra era proibida.
O delegado responsável pelo caso, Gilvan Prates, informou que o inquérito está em andamento e que a investigação busca esclarecer todos os detalhes do acidente. Sete testemunhas já foram ouvidas e imagens de câmeras de segurança próximas ao local estão sendo analisadas. Segundo Prates, a perícia foi realizada tanto no local do acidente quanto nos veículos envolvidos, e os laudos periciais, incluindo o de necropsia de Tábita, serão anexados ao processo.
Caso se confirme que o motorista estava sob o efeito de álcool, a acusação inicial de lesão corporal culposa pode ser agravada. Prates ressaltou ainda a possibilidade de enquadrar o crime como dolo eventual, o que poderia elevar a pena para até 30 anos.
Família de Tábita espera justiça
Enquanto a investigação avança, a dor e a indignação permanecem. Para familiares e amigos de Tábita, o protesto é um pedido de justiça e um apelo para que casos como este não se repitam. Nas redes sociais e em manifestações públicas, o nome de Tábita Pereira se tornou símbolo de luta contra a impunidade no trânsito, e a expectativa é de que a investigação seja concluída com celeridade e rigor.
Fonte: Sulbahianews
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