Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou irregularidades em uma licitação realizada pela Prefeitura de Ipirá para a compra de materiais de combate à pandemia de Covid-19. A empresa vencedora da licitação, Top Vida, foi a única das três participantes com histórico de contratos anteriores com o município. As demais empresas, BR Hospitalar e Figueiredo Santos, não tinham registro de contratações com a administração municipal.
A investigação encontrou indícios de irregularidades no processo licitatório, como a utilização de cotações de preços atribuídas a empresas com laços familiares e comerciais para Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), resultando em um prejuízo estimado de R$ 76.430 para os cofres públicos.
O relatório apontou que houve superfaturamento no preço das máscaras cirúrgicas e N95 adquiridas, com sobrepreço de 108,33% e 136,56%, respectivamente, em comparação com a mediana dos preços praticados por outros municípios baianos no mesmo período.
A CGU concluiu que a Prefeitura de Ipirá tinha conhecimento e conivência com as irregularidades, seja pela aceitação de documentos providenciados por terceiros ou pela busca deliberada de empresas com as quais já mantinha algum tipo de relacionamento.
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