Salome Zourabichvili, presidente da Geórgia, afirmou que não deixará o cargo ao final de seu mandato, previsto para o próximo mês, apontando o governo do país como ilegítimo. As eleições presidenciais foram marcadas para 14 de dezembro, e tanto Zourabichvili quanto a oposição contestam os resultados do pleito anterior.
Alegando fraude nas eleições, a presidente declarou que o parlamento é ilegítimo e, portanto, não poderia eleger um novo presidente. Zourabichvili entrou com uma ação na Justiça contra o resultado, que foi marcado por incidentes de violência e constrangimento, como o episódio em que um político da oposição jogou tinta preta no chefe da comissão eleitoral.
Além disso, a Geórgia entrou em uma crise política quando o primeiro-ministro anunciou a interrupção das negociações de adesão à União Europeia. A decisão desencadeou protestos que resultaram em confrontos com a polícia e detenções. O país do Cáucaso Meridional é favorável à adesão à UE, e a paralisação das negociações foi vista como uma atitude de chantagem pelo bloco.
O primeiro-ministro acusou a oposição de planejar uma revolução semelhante ao protesto de Maidan na Ucrânia em 2014, destacando que não permitiria uma situação semelhante na Geórgia. A tensão política persiste no país diante desses acontecimentos.
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