É um caso que fere todo e qualquer princípio de moralidade administrativa. O promotor titular da 3ª Promotoria de Justiça Militar do Distrito Federal, Flávio Milhomem, classificou assim o caso dos 14 policiais militares suspeitos de torturarem um soldado da corporação durante um curso de formação do Batalhão de Choque (Patamo) em abril.
Milhomem recebeu a denúncia do caso pela família da vítima enquanto ela estava internada na UTI. Os 14 policiais foram presos temporariamente, mas foram soltos após decisão judicial, porém ainda estão sendo investigados.
O promotor ressaltou que a liberação dos militares não significa que escaparão das consequências legais. Ele considera esse caso um dos mais marcantes da carreira, trazendo questionamentos sobre o tratamento dado a colegas.
Em abril, o soldado de 34 anos afirmou que foi agredido por um grupo de policiais durante o curso de formação, após se recusar a desistir da participação. As agressões incluíram ficar em pé por horas, segurar armas e participar de humilhações.
O caso está em investigação. O Ministério Público solicitou a quebra de sigilo telefônico dos policiais, e a Corregedoria da PMDF está responsável por finalizar o inquérito antes de encaminhar ao Ministério Público para possível denúncia à Justiça.
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