O conceito de hotwife vem ganhando espaço tanto na internet quanto na cultura sexual contemporânea. Traduzido literalmente como “esposa quente”, o termo surgiu nos Estados Unidos, em meados dos anos 2000, no contexto de comunidades swinger e fóruns online voltados a práticas sexuais. Ele define mulheres casadas ou comprometidas que, com o consentimento de seus parceiros, exploram sua sexualidade livremente, frequentemente se envolvendo com outros parceiros sexuais. A prática envolve a troca de fantasias e reforça um aspecto de prazer mútuo e voyeurismo, para ambos.
O Perfil de uma Hotwife: As hotwives costumam ser mulheres desinibidas e se sentem empoderadas em explorar suas fantasias. Para elas, não há culpa ou tabu na busca por prazer fora do relacionamento tradicional. Seus parceiros, conhecidos como cuckolds, apoiam e incentivam essa liberdade como uma forma de realização erótica pessoal e relacional.
Geralmente, hotfwife e cuckold são casados, com relacionamentos comuns, como qualquer outro. Mas, entre quatro paredes, se permite realizar essa fantasia. Já os parceiros, por outro lado, sentem excitação ao saber que suas esposas estão sendo desejadas e se divertem com essa inversão de papéis tradicionais. Em muitos casos, o parceiro assume o papel de espectador, seja presencialmente ou por meio de relatos e vídeos gravados. Porém, também é comum que ele participe ativamente do jogo de sedução com a mulher.
Caminhoneira hotwife: Aos 45 anos, Rhê, conhecida como Caminhoneira Hotwife, conta que se descobriu como hotwife muito antes do termo ganhar popularidade. “Desde a adolescência eu queria ter um marido que me permitisse ficar com quem eu quisesse”, revela. Casada há oito anos, ela encontrou no parceiro um companheiro que compartilha das mesmas fantasias, e juntos exploram essa dinâmica. “Às vezes ele participa, e quando não pode, faço vídeos ao vivo para ele acompanhar. A melhor parte é quando ele consegue ver tudo, mesmo viajando”, conta.
Há cerca de dois anos e meio, Rhê transformou essa prática em negócio ao entrar no Buupe, onde hoje fatura entre R$13 e R$20 mil por mês. “Os caras já pediam fotos e vídeos no privado, então falei com meu marido: por que não vender? E ele me apoiou.” Sem equipe, ela grava, edita e publica tudo sozinha, além de fazer lives nas quais exibe momentos do seu cotidiano – inclusive situações íntimas. Apesar do preconceito que enfrenta, a Caminhoneira Hotwife afirma que isso não a afeta. “Minha autoestima é nível hard, e como leonina sei bem o que quero. No fim, o que importa é que eu e meu marido estamos vivendo tudo do jeito que gostamos.”
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