O Supremo Tribunal Federal (STF) informou que a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, foi mantida após ele prestar esclarecimentos ao ministro Alexandre de Moraes nesta quinta-feira (21). O depoimento entre Cid e o magistrado durou cerca de três horas, começando às 13h30.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro chamado a prestar esclarecimentos após a PF identificar contradições em seu depoimento anterior e apontar omissões relacionadas a mensagens trocadas com militares da reserva sobre supostos planos golpistas no final de 2022.
“Após três horas de audiência, o ministro Alexandre de Moraes confirmou a validade da colaboração premiada de Mauro Cid. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal”, disse o STF, em nota.
Cid deve prestar esclarecimentos depois de um relatório da Polícia Federal apontar omissões e contradições entre seu depoimento da última terça-feira (19) e as descobertas dos investigadores sobre um plano para matar autoridades em 2022.
O tenente-coronel foi preso em 3 maio de 2023, no âmbito da Operação Venire, que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Ele ficou preso em um batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, até 9 de setembro, quando firmou a colaboração premiada com a PF e foi solto por decisão do ministro do STF.
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