A Secretaria Estadual da Saúde da Bahia (SESAB), por meio do Telessaúde da Diretoria de Atenção Básica (DAB) e da Coordenação de Promoção da Equidade em Saúde da Diretoria de Gestão do Cuidado (DGC), esteve no Polo Indígena de Porto Seguro, entre 11 e 14 de novembro, para lançar serviços de telediagnóstico e implantar, pela primeira vez no estado da Bahia, a oferta de telediagnóstico em retinografia, a ser iniciada nas comunidades indígenas locais. O objetivo é fortalecer a assistência, ampliar o acesso à saúde e reduzir iniquidades para as populações vulneráveis por meio de tecnologias de atendimento remoto.
A ação conta com a parceria das Secretarias de Informação e Saúde Digital (Seidigi) e Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), do Programa Telenordeste do Hospital Sírio Libanês (Proadi-SUS) e de todas as equipas de saúde indígena do Polo de Porto Seguro.
O Telediagnóstico permite reduzir custos, evitar deslocamentos longos e garantir diagnósticos essenciais para as comunidades. Os serviços incluem eletrocardiogramas e teledermatologia, com avaliação remota de laudos, classificação de risco de lesões da pele e prioridade nos encaminhamentos de casos mais urgentes. A retinografia, voltada à análise de imagens da retina, também será realizada e avaliada remotamente, melhorando o acesso a cuidados oftalmológicos.
Na abertura dos trabalhos, no dia 11, Gladys Oliveira, gestora do Núcleo, apresentou os serviços e destacou a importância da capacitação dos profissionais locais para o fortalecimento da saúde indígena. “Esta semana trará aprendizados e ganhos concretos para a população indígena. Com esses serviços, nosso objetivo é ampliar o acesso à saúde e capacitar os profissionais para um atendimento mais inclusivo e eficiente,” afirmou.
Tavila Guimarães, chefe do DSEI, ressaltou que esta iniciativa marca o início de uma nova fase na assistência às comunidades indígenas da Bahia, reforçando a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. “Embora já tenhamos algumas ações do Telessaúde nas comunidades, esses novos serviços são essenciais para facilitar o acesso das comunidades indígenas. Estamos todos empenhados em alcançar resultados positivos,” disse Tavila.
O cacique Vanderlei Soares da comunidade Pataxó Mata Medonha, em Santa Cruz Cabrália, expressou entusiasmo pelo projeto, sublinhando seu impacto positivo. “A chegada do Telessaúde às comunidades é de extrema importância para os nossos pacientes. Este serviço reduzirá filas e será uma grande ajuda para todos os pataxós. Agradecemos pela parceria com o Telessaúde, DSEI e Telenordeste”, destacou.
“A chegada do Telessaúde Bahia nas unidades de saúde indígenas é um passo importante para fortalecer o cuidado com a saúde dessas comunidades. Esses recursos ampliam as possibilidades de resolubilidade local pelas equipes de saúde indígena, garantindo que a população tenha acesso a diagnósticos essenciais sem enfrentar longas viagens. Este momento faz todo o sentido e propósito de ampliação dos investimentos em Telessaúde pelo governo da Bahia”, reforçou Gladys.
Durante a semana, a programação incluiu três dias de capacitações para os profissionais das equipes de saúde indígena da atenção primária dos municípios da região e um dia de suporte e atendimento direto para a comunidade indígena de Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália. A equipe do Telessaúde Bahia continuará a oferecer suporte remoto e presencial, garantindo continuidade no acompanhamento das equipes junto às suas comunidades.
A implantação dos serviços de Telessaúde nas comunidades indígenas contribui significativamente para o fortalecimento do SUS na Bahia, promovendo inclusão e qualidade no atendimento, assegurando um acesso mais equânime para as populações vulneráveis.
Foto: Divulgação/Telessaúde
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