Justiça torna Caiado e Mabel inelegíveis por oito anos por abuso de poder politico

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O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás condenou, nesta segunda-feira (9), o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e determinou sua inelegibilidade por oito anos por abuso de poder durante as eleições municipais de 2024.

De acordo com a decisão, Caiado usou a sede do governo para realizar eventos de campanha para seu candidato em Goiânia, o prefeito eleito Sandro Mabel (União Brasil). A condenação se deu pelos jantares com lideranças políticas que ocorreram entre sete e nove de outubro, logo após o primeiro turno das eleições.

“Restou devidamente provado o abuso de poder político mediante a prática das condutas vedadas imputadas na inicial em razão da reprovabilidade da conduta dos investigados e sua repercussão no contexto das Eleições 2024, que feriu os princípios constitucionais da normalidade e da legitimidade do pleito”, afirma o processo.

No processo, a juíza Maria Umbelina Zorzetti também pede a cassação do prefeito eleito e da vice-prefeita eleita, Coronel Cláudia (Avante), que teriam sido beneficiados pelos episódios.

Caiado e Mabel ainda podem entrar com embargos de declaração no próprio TRE ou recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por esse motivo, o prefeito eleito poderá tomar posse normalmente, uma vez que a perda do mandato só ocorre após o trânsito em julgado do processo.

Em caso de permanência da inelegibilidade de Caiado, o União Brasil terá que escolher um novo nome para concorrer à Presidência da República em 2026, pois o partido planeja oficializar a candidatura do governador em março de 2025.

A oficialização estava marcada para acontecer em Salvador, próxima da data em que Caiado receberá o título de cidadão da Bahia na Assembleia Legislativa. A honraria foi proposta em 2013 pelo atual prefeito reeleito da capital, Bruno Reis, que na época era deputado estadual.

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