A Allpha Pavimentações e Serviços de Construções Ltda foi a vencedora de processos licitatórios para realizar serviços em quatro contratos na cidade de Campo Formoso, Bahia.
O valor total dos contratos firmados com a prefeitura atingiu a cifra de R$ 64.795.995,7, considerando os valores originais somados aos aditivos feitos entre 2021 e 2024.
Um dos contratos previa a realização de emulsão asfáltica para pavimentação das vias públicas, no valor de R$ 730.148,00, com duração de dezembro de 2021 a dezembro de 2022.
O segundo contrato envolvia a manutenção de ruas com pavimentação asfáltica, no valor de R$ 292.644,00, com serviços de março a junho de 2022.
O terceiro contrato, o de maior valor, estabeleceu o pagamento de R$ 45.436.302,19 para a pavimentação asfáltica na rodovia BA-220, entre a comunidade quilombola Laje dos Negros e Lagoa do Porco.
Aditivos nos valores de R$ 5.670.894,48 e R$ 485.750,98 foram acordados, com vigências entre setembro do ano passado e 2024. Outro contrato em vigor, no valor de R$ 12.180.256,18, está previsto para encerrar no segundo mês de 2025.
Na gestão da prefeitura de Campo Formoso, comandada por Elmo Nascimento, irmão do deputado federal Elmar Nascimento, a empresa atuou. Em 2024, Elmo foi reeleito para mais quatro anos de governo.
Uma investigação revelou que recursos de emendas parlamentares e outros contratos estavam sendo direcionados para empresas e indivíduos envolvidos em esquemas criminosos, desviando milhões dos cofres públicos.
Uma operação resultou na prisão de 17 pessoas, incluindo o vereador Francisco Nascimento, primo do deputado Elmar Nascimento, que foi detido tentando se desfazer de uma sacola de dinheiro.
O vereador de Campo Formoso foi preso e o valor recuperado, enquanto as investigações continuam para identificar demais envolvidos e a extensão do esquema.
Além disso, a Allpha foi apontada como responsável por uma obra que beneficiou o pai de Elmar Nascimento. A obra, custando R$ 12 milhões, passou pela propriedade de José Aluizio Nascimento, pai de Elmar, com recursos da estatal Codevasf. Os recursos foram liberados antes da proibição das emendas de relator pelo STF, conhecidas como orçamento secreto.

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