Após 35 anos, o Bahia conquistou uma vaga na CONMEBOL Libertadores 2025, marcando um passo histórico para o clube na retomada aos melhores dias. O Esquadrão de Aço estará nas fases preliminares do torneio, em um momento de transição desde a chegada do Grupo City, há pouco mais de um ano. Agora, com a classificação assegurada logo na temporada de estreia, o próximo desafio do clube é se consolidar entre as principais equipes do Brasileirão e brigar por títulos.
Em entrevista à ESPN, Carlos Eduardo Santoro, diretor de futebol do Bahia, destacou a responsabilidade do clube para 2025.
“Acho que todos nós sabemos da responsabilidade que temos para o próximo ano de entregar conquistas, títulos. No final, o que importa, como o Rogério (Ceni) sempre diz, são os quadros na parede. Acho que a gente fez algo importante com essa vaga na Libertadores, mas é um passo, o que marca são as conquistas”, afirmou.
Santoro também mencionou a ambição do clube para o futuro e destacou o desejo de manter o ritmo de crescimento.
“A gente entende que no próximo ano temos que continuar crescendo. Queríamos terminar na primeira parte da tabela, terminamos em um G-8 e queremos mais, queremos crescer, buscar uma posição maior, brigar sempre na parte de cima da tabela e não passar só uma única temporada ali. O mais importante é consistência, estar sempre nesse grupo”, afirmou o dirigente.
O Diretor detalhou os planos para reforçar o elenco, destacando a importância de jogadores versáteis e do cuidado com o nível físico, especialmente devido ao calendário mais apertado de 2025.
“A gente sabe que precisa reforçar, melhorar ainda mais o nível do nosso elenco, porque é um calendário diferente. Muitas vezes, na montagem do elenco, procuramos atletas para uma posição, mas também atletas que possam jogar em mais de uma posição. Isso, muitas vezes, na visão de um treinador, é importante”, avaliou.
Santoro também abordou os desafios logísticos e físicos do próximo ano, com um calendário cheio incluindo competições internacionais e deslocamentos para os confrontos.
“A gente entende, porque é um ano longo, são muitas partidas, sofremos ainda mais em relação a quem está no eixo, devido aos deslocamentos maiores em relação a voos, distâncias. Conseguimos ser uma das equipes no top 3 com menos lesões. Isso também é muito importante em relação ao quantitativo de atletas, mas também ao perfil de cada posição”, acrescentou.
O dirigente explicou que as negociações do Bahia para reforçar o elenco devem se concentrar no início do ano, com ajustes pontuais previstos para a janela de meio de temporada.
“A gente entende que essa janela (de janeiro) é a mais importante. A do meio do ano será diferente, devido à paralisação. Acho que o campeonato será dividido, vamos ter que entender que clubes que não estão bem na primeira parte podem melhorar na segunda”, afirmou.
Santoro concluiu destacando a estratégia do clube em relação à reformulação do elenco, enfatizando que esse não é o perfil do grupo.
“Mas a primeira janela é sempre a mais importante, a segunda são movimentos pontuais. Estamos pensando em tudo isso. Não vou abrir em relação ao quantitativo, mas buscamos ser assertivos. Essa cultura de reformulação não é o nosso perfil. Fizemos isso de forma agressiva em 2023 porque entendíamos que era necessário na mudança de Série B para Série A. Em 2024, diminuímos consideravelmente o quantitativo. Em 2025, precisamos encontrar as necessidades, as reposições, as saídas que ocorrem também”, finalizou o diretor.
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