Um ex-segurança de Tarcísio de Freitas, capitão da Polícia Militar Diogo Costa Cangerana, está sendo investigado por supostamente vender serviços de escolta privada durante eventos oficiais do governador. Cangerana foi preso sob suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e por desrespeitar as regras da corporação ao oferecer segurança por meio de sua empresa.
O capitão aproveitava sua proximidade com Tarcísio para abordar convidados e oferecer serviços de escolta, mesmo sendo proibido pelo regimento interno da Polícia Militar. Ele já estava sob investigação da corregedoria quando foi preso pela Polícia Federal em 26 de novembro.
Cangerana, que atuou na Casa Militar por mais de 12 anos, é apontado como um dos articuladores de um esquema de lavagem de dinheiro do PCC que envolveu três fintechs suspeitas de movimentar R$ 6 bilhões. Ele teria facilitado a abertura de contas usadas para lavar dinheiro do tráfico, totalizando transações de R$ 120 bilhões.
O capitão participou de pelo menos 25 agendas oficiais de Tarcísio, inclusive viagens internacionais. Ele esteve presente em eventos como a oferta de ações da Sabesp em Portugal, em junho, como parte da comitiva do governador. Cangerana ocupava o cargo de chefe da Divisão de Segurança de Dignitários do Departamento de Segurança Institucional, antes de ser transferido para o 13º Batalhão Metropolitano em setembro.

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