A tentativa de foragidos do Brasil de se refugiarem na Argentina, especialmente durante o governo de Javier Milei, não foi como esperavam. Mais de 50 deles estão sendo procurados pela polícia argentina, enquanto cinco já foram presos.
O presidente ultraliberal não demonstrou apoio aos foragidos, que esperavam asilo político ou alguma facilidade no processo de refúgio, o que não ocorreu até o momento. Com isso, muitos deles estão com medo de serem presos e tentam uma vida mais discreta.
Alguns foragidos chegaram a apelar por ajuda financeira nas redes sociais, enquanto outros, como Ueliton Guimarães de Macedo, foram vistos frequentemente em estabelecimentos brasileiros em Buenos Aires, mas agora estão sumidos.
O processo de análise de refúgio tende a ser demorado, e as autoridades argentinas responsáveis pelo tema não são vistas como totalmente independentes. As extradições dos foragidos brasileiros só devem ser decididas após todas as etapas legais serem cumpridas.
O governo de Milei não sinalizou publicamente apoio aos foragidos do Brasil, ao contrário do que fez em relação às vítimas da ditadura na Venezuela. Portanto, para autoridades brasileiras, é improvável que haja intervenção por parte do presidente argentino.
Com a expectativa de decisões internacionais sobre os condenados pelo ataque do 8 de janeiro previstas para o primeiro semestre de 2025, os foragidos brasileiros se veem agora sem a Argentina como opção de fuga.
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