Uma jovem de 26 anos, identificada como Juliana Leite Rangel, foi gravemente ferida durante uma abordagem policial realizada por três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, na noite de terça-feira (24/12). Ela foi atingida por um tiro na cabeça, disparado pelos policiais contra o carro onde estava com sua família.
A Polícia Federal (PF) abriu investigação para apurar o caso, que gerou debates sobre os limites do uso da força policial e a necessidade de ferramentas de controle, como câmeras corporais. Inicialmente, os policiais afirmaram que foram alvos de disparos antes de revidarem, porém as vítimas negam essa versão, alegando que os agentes começaram a atirar assim que saíram da viatura.
A PF está responsável por esclarecer as circunstâncias que resultaram nos disparos contra o veículo da jovem. Enquanto isso, os policiais envolvidos foram afastados de suas atividades pela PRF, que lamentou o incidente e está prestando apoio à família de Juliana.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, manifestou pesar pelo ocorrido e assegurou que estão sendo tomadas medidas para apurar as responsabilidades dos envolvidos, destacando a importância das polícias federais darem o exemplo.
Os tiros foram disparados na BR-040, quando o pai de Juliana, que conduzia o veículo, sinalizou que iria parar ao ouvir a sirene da polícia, porém, segundo ele, os agentes começaram a atirar imediatamente. Após ser atingida, a jovem foi levada para o hospital, onde passou por cirurgia e permanece em estado grave na UTI.
Esse caso reacende memórias de abordagens violentas da PRF, como a morte de Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, baleada durante uma abordagem policial em 2023. Recentemente, três ex-policiais rodoviários federais foram condenados pela morte de Genivaldo de Jesus Santos em maio de 2022.
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