A guerra das emendas tem sido intensificada nos últimos dias, com o Congresso disputando espaço com o Executivo e o Judiciário pelo controle das emendas parlamentares. Uma preocupação é a falta de transparência e rastreabilidade nesse processo.
Em 2014, as emendas correspondiam a menos de 4% das despesas não obrigatórias do Orçamento da União. Atualmente, esse número chega a mais de 20%, chegando perto de 29% em 2020. Isso representa um grande desequilíbrio no sistema político brasileiro.
A reforma política de 2017, com a introdução da cláusula de barreira que deve ser mais rigorosa até 2030, tem reduzido o número de partidos. Isso pode facilitar a construção de consensos, mas ao mesmo tempo, aumenta o poder das oligarquias partidárias.
A escalada das emendas está alimentando máquinas partidárias e a luta pela fatia do Orçamento da União. Isso gera aumento de emendas parlamentares, influência de grupos empresariais por benefícios e pressões no Judiciário para contornar o teto salarial.
No final, a defesa do status quo prevalece, porém, acarretando desconfiança política e econômica em 2024. Isso cria um ciclo vicioso que ameaça a estabilidade democrática e econômica, abrindo espaço para o autoritarismo populista.
A crise de confiança é prejudicial ao diálogo e à renovação do consenso político, gerando um ambiente propício para o autoritarismo. O conflito distributivo reforça impasses institucionais, que por sua vez alimentam o patrimonialismo.
No cenário político, a burocracia oligárquica parece prevalecer sobre a democracia, enquanto a crise de confiança impede avanços econômicos no Brasil. Esses desafios refletem a atual situação vivida no país e as consequências a longo prazo.
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