O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou ter recebido ofertas de universidades estrangeiras para exílio, devido às ameaças golpistas no Brasil em 2022. Instituições como Princeton, Harvard e a Universidade Católica de Lisboa se dispuseram a acolher o ministro, devido à sua relevância no meio acadêmico internacional.
“Com o golpe de Estado, provavelmente, eu também não estaria mais aqui”, afirmou Barroso em uma entrevista à GloboNews. Ele disse ter recebido duas ou três ofertas de exílio antes dos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando golpistas invadiram os prédios dos três poderes em Brasília.
Apesar das ofertas, Barroso enfatizou que não considerou deixar o Brasil. “Eu já vivi fora do Brasil, mas o meu coração está aqui, não tenho vontade de ir embora, não. Mas se tivesse ocorrido o golpe, é muito possível que não estaríamos aqui”, afirmou.
O cenário inclui investigações do STF sobre planos golpistas para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, a qual foi eleito. Entre os investigados está o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nesta semana, o Supremo rejeitou um pedido da defesa de Bolsonaro para afastar Alexandre de Moraes da relatoria do caso. Barroso defendeu a continuidade de Moraes, argumentando que as ameaças eram contra as instituições democráticas, não contra pessoas específicas.
No momento, a Procuradoria-Geral da República está analisando um relatório da Polícia Federal que indiciou Bolsonaro e mais 39 por golpe de Estado. A intenção é oferecer as denúncias ao Supremo até março do próximo ano.
Comentários Facebook