Guilherme Boulos, deputado federal do PSol, argumenta que o pedido de voto que levou à inelegibilidade de Ronaldo Caiado (União Brasil) difere do feito por Lula (PT), em maio. Lula foi multado em R$20 mil por propaganda eleitoral antecipada ao pedir votos para Boulos, no Dia do Trabalhador, em evento no estacionamento do estádio do Corinthians, em São Paulo.
Por outro lado, Ronaldo Caiado foi condenado a 8 anos de inelegibilidade por abuso de poder político ao pedir votos no Palácio das Esmeraldas, sede do Executivo goiano, ao prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil). No caso do governador de Goiás, a condenação refere-se a declarações feitas durante encontros com vereadores, em outubro.
Em uma entrevista, Boulos afirmou: “O que precisamos nesse caso é separar o joio do trigo. Eu vi muito essa comparação sendo feita, e ela é descabida. Lula participou de um evento que não era do governo, não foi no Palácio do Planalto, não era organizado pelo governo. Foi um evento das centrais sindicais, que ocorre anualmente. Em seu discurso, ele pediu voto”.
“Então, ele [Lula] não foi condenado por abuso da máquina pública, diferente do que imagino que tenha sido Caiado, que usou o palácio, assim como Bolsonaro na reunião com embaixadores, que também foi parte de seu processo de inelegibilidade. Foram casos de uso da estrutura pública e do palácio para fazer campanha eleitoral. Isso é crime eleitoral”, argumentou Boulos.
Comentários Facebook