A Polícia Federal prendeu o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro, em sua casa no Rio de Janeiro. Ele será detido no Comando Militar do Leste, com endereços ligados a ele sendo alvo de buscas e apreensões. Além da prisão de Braga Netto, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão contra outros indivíduos suspeitos de obstruir provas em um inquérito sobre tentativa de golpe de Estado.
A operação tem como objetivo evitar a repetição de ações ilícitas e a defesa do general da reserva ainda não se pronunciou sobre a prisão. Nos últimos dias, a defesa de Bolsonaro passou a considerar a possibilidade de um suposto “golpe do golpe” envolvendo militares de alta patente, incluindo Braga Netto e Augusto Heleno, visando assumir o poder ao invés de manter o então presidente no cargo.
Essa estratégia teria causado uma quebra de confiança entre aliados dos militares mencionados, sendo vista como um oportunismo por parte do ex-presidente na tentativa de se desvincular de possíveis acusações relacionadas aos planos golpistas. Um documento elaborado por outro general da reserva, Mario Fernandes, seria uma das bases para essa tese, evidenciando discussões sobre um plano para matar o presidente eleito, Lula, e outras autoridades.
O advogado de Braga Netto afirmou que, devido à falta de acesso completo às investigações, não é possível fornecer uma posição concreta sobre o ocorrido até o momento.
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