A série sul-coreana “Round 6”, que retorna para uma segunda temporada na Netflix em 26 de dezembro, tem como destaque a brutalidade dos jogos apresentados, contrastando com cenários e desafios infantis. Na trama, pessoas endividadas são levadas a participar de jogos baseados em brincadeiras de crianças, onde o perdedor enfrenta a morte de forma cruel.
O criador e diretor da série, Hwang Dong-hyuk, se inspirou na pureza e ingenuidade da infância para explorar a temática dos jogos de sobrevivência, trazendo adultos para um contexto onde brincam para salvar suas vidas. Essa abordagem visual é marcada por cenários peculiares, como o labirinto de escadas colorido em cor-de-rosa que remete à obra de M.C. Escher, e o dormitório com estruturas de camas empilhadas, simulando beliches.
A diretora de arte, Chae Kyung-sun, buscou transmitir a sensação de paradoxos e contradições, incorporando elementos infantis como peças de Lego e cores suaves, que contrastam com a mortalidade presente nos jogos. O cuidado com os detalhes visuais foi fundamental para intensificar a tensão social abordada na trama.
Apesar da complexidade dos cenários, a equipe optou por evitar o uso de computação gráfica, dedicando-se a produzir manualmente cada ambiente, como o dormitório inspirado em moradores de rua, refletindo a realidade de desigualdade social presente na Coreia do Sul.
“Round 6” é uma obra que denuncia questões sociais, ao mesmo tempo em que explora a dualidade entre a inocência infantil e a brutalidade dos jogos de sobrevivência apresentados aos personagens. A segunda temporada estreia com expectativas altas entre os fãs da série.
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