Datafolha: 62% dos brasileiros rejeitam anistia aos golpistas do 8 de Janeiro

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Pesquisa Datafolha

Segundo pesquisa do Datafolha, 62% dos brasileiros se opõem à anistia aos participantes dos atos golpistas de 8 de Janeiro. Em contrapartida, 33% são a favor, enquanto 5% não sabem e 1% estão indiferentes.

O levantamento ouviu 2.002 brasileiros maiores de 16 anos em 147 municípios do país, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e índice de confiabilidade de 95%. Quando comparado com a pesquisa anterior, realizada em março, houve estabilidade nas opiniões dos entrevistados sobre o tema.

Os homens são mais propensos a apoiar a anistia (37%), enquanto 59% são contra. Já entre as mulheres, 29% são favoráveis, enquanto 64% defendem alguma forma de punição aos golpistas.

Os grupos que mais defendem a anistia são os eleitores de Jair Bolsonaro (45%), assalariados sem registro (38%), empresários (37%) e evangélicos (37%). Por outro lado, os maiores opositores são os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (72%), funcionários públicos (68%), estudantes (68%) e desempregados (67).

A questão da anistia tornou-se crucial para políticos bolsonaristas em 2025, visando a possibilidade de participação de Bolsonaro nas eleições de 2026. O ex-presidente foi considerado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após julgamento em junho.

No mês passado, Bolsonaro fez um apelo a Lula e ao ministro do STF Alexandre de Moraes, buscando apoio para uma anistia. Para o ex-presidente, essa medida é essencial para “pacificar” o país.

Uma proposta de lei na Câmara dos Deputados que visa anistiar os golpistas e beneficiar Bolsonaro encontra-se paralisada, especialmente após o indiciamento do ex-presidente pela Polícia Federal. O projeto, de autoria do líder do governo Bolsonaro na Câmara, busca a anistia a todos os envolvidos em “manifestações” desde outubro de 2022.

A proposta, apresentada pelo ex-deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), foi utilizada como barganha política para apoiar Hugo Motta como sucessor de Arthur Lira na presidência da Casa. Contudo, Motta não deu indicações de pressa em votar o tema, caso seja eleito.

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