A cidade de Aguiarnópolis, onde uma ponte desabou deixando dois mortos e 12 desaparecidos, gastou cerca de R$ 1,8 milhão em cachês para artistas se apresentarem em festivais este ano. Esse valor equivale a aproximadamente 5% do orçamento da prefeitura.
Mais de R$ 1 milhão desse total foi financiado por meio de emendas parlamentares. A alocação de recursos vultuosos em festas e shows em meio a um desastre como a queda da ponte Juscelino Kubitschek pode levantar questionamentos sobre as prioridades da política pública no município.
Aguiarnópolis, com 5 mil habitantes, contratou artistas de renome nacional para seus festivais. Durante as comemorações do 30º aniversário do município, nove artistas foram pagos com dinheiro público:
- Cantores gospel como Davi Sacer, Valesca Mayssa e Marquinhos Gomes receberam cachês de até R$ 140 mil, R$ 130 mil e R$ 115 mil, respectivamente.
- A banda Moleca 100 Vergonha recebeu R$ 200 mil.
- O grupo Cavaleiros do Forró e Kevin Baetz ganharam, respectivamente, R$ 150 mil e R$ 8 mil.
- Para encerrar, a dupla Ricardo & Thiago, o DJ Igor Cunha e o cantor de arrocha Nadson O Ferreirinha receberam cachês de R$ 90 mil, R$ 80 mil e R$ 280 mil, respectivamente.
A maioria desses cachês foi financiada por emendas parlamentares. O evento contou com apoio do deputado federal Filipe Martins (PL-TO) e dos deputados estaduais Jair Farias (sem partido) e Fabion Gomes (PL).
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