Deputados de diferentes espectros políticos derrubaram o governo do primeiro-ministro francês, Michel Barnier, e fizeram pedidos de renúncia para o presidente Emmanuel Macron. A Assembleia Nacional encerrou o governo de Barnier, que durou menos de cem dias, rejeitando seu orçamento para 2025 por 331 votos a favor.
Embora a censura não afete diretamente Macron, ela o enfraquece ainda mais, especialmente após nomear Barnier como primeiro-ministro em setembro. Marine Le Pen desafiou Macron a refletir sobre sua permanência no cargo, enquanto o presidente afirmou que uma possível renúncia antes de 2027 seria “ficção política”.
O governo de Barnier se tornou o mais breve da história da França desde 1958, devido à moção de censura aprovada. Com um orçamento focado em reduzir gastos públicos e aumentar temporariamente os impostos para grandes empresas, o governo buscava diminuir o déficit e a dívida pública do país.
Com o cenário político instável, Macron deve nomear rapidamente um novo primeiro-ministro. A instabilidade na França e a crise política na Alemanha podem impactar a União Europeia, enquanto nos EUA, o retorno de Donald Trump ao poder se aproxima.
Em uma Assembleia Nacional dividida em três grupos, o jogo político parece mais aberto. Socialistas e ecologistas abriram a possibilidade de acordos com a aliança de Macron, mas há diversas incertezas sobre os próximos passos na política francesa.
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