Entenda a força-tarefa de Gonet para tocar o inquérito do golpe na PGR

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Força-tarefa de Gonet

A Procuradoria-Geral da República (PGR) iniciou uma força-tarefa para analisar o inquérito da Polícia Federal (PF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, que resultou no indiciamento de 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Esse trabalho está sendo conduzido com apoio do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA), criado após o 8 de Janeiro.

O grupo, ligado ao gabinete do procurador-geral da República, Paulo Gonet, é composto por um coordenador e oito membros auxiliares, incluindo procuradores da República e promotores de Justiça de diferentes estados. O inquérito chegou à PGR em 27 de novembro, após despacho do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Com mais de 30 volumes e milhares de páginas, o inquérito resultante de uma investigação que durou quase dois anos identificou a atuação de seis núcleos diferentes no suposto plano de golpe. A possível denúncia dos indiciados deve ser apresentada à Justiça somente em 2025.

Nesse cenário, os elementos apresentados pela PF serão avaliados pela PGR, que decidirá as medidas a serem adotadas. Gonet poderá solicitar diligências adicionais, oferecer a denúncia diretamente ou mesmo arquivar o caso se não identificar os crimes imputados aos indiciados.

A dinâmica de trabalho do GCAA, segundo a PGR, não será divulgada. Criado em 11 de janeiro de 2023 por Augusto Aras, o Grupo Estratégico atua na análise de inquéritos ligados aos atos antidemocráticos, visando acelerar procedimentos junto ao STF e outras instâncias do Ministério Público Federal (MPF).

O GCAA é composto por procuradores e promotores de seis estados, além do coordenador Joaquim Cabral da Costa Neto. Outros integrantes que auxiliam Gonet na análise do inquérito do golpe incluem Adriana Scordamaglia Fernandes, Catarina Sales Mendes de Carvalho e Cecília Vieira de Melo, cada um atuando em diferentes áreas de atuação do MPF.

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