O general Valério Stumpf Trindade, apontado como “informante” por militares bolsonaristas, foi cotado por Lula para chefiar o Exército. Stumpf, junto com outros generais, era um dos favoritos de Lula para a posição. No entanto, foi o general Tomás Ribeiro Paiva quem acabou sendo escolhido após um discurso que defendia o respeito ao resultado eleitoral. Stumpf passou para a reserva em 2023 por conta do tempo de serviço, após não ter sido selecionado.
Em mensagens interceptadas pela Polícia Federal, Stumpf é citado como um intermediário entre Alexandre de Moraes e outros militares, alertando sobre possíveis tramas golpistas nos bastidores. Uma das mensagens menciona uma suposta negociação do vice-presidente, Hamilton Mourão, com outros generais para derrubar Bolsonaro. O apelido “Ovo”, utilizado por bolsonaristas para se referir a Moraes, também é mencionado nas conversas.
As investigações indicam que militares contrários ao suposto golpe se tornaram alvo de ataques nas redes sociais. O nome de Stumpf foi citado como um dos generais que se opuseram ao plano. Em 2022, o coronel Corrêa Netto enviou fotos de generais ativos que se posicionaram contra a ruptura institucional. Stumpf, Richard Nunes e Tomás Paiva estavam entre os três primeiros citados.
Além disso, o general Stumpf recebeu em 2022 a Ordem do Mérito do Ministério Público do Rio Grande do Sul por seus serviços prestados. A homenagem reconheceu seu impacto na cultura jurídica do Estado. A entrega da condecoração contou com a presença de autoridades do Ministério Público.
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