Goiânia – Após apenas 12 dias como secretário de Saúde da capital de Goiás, Pedro Guilherme Gioia de Moraes solicitou sua exoneração na última segunda-feira (16/12). Ele afirmou que a intervenção do estado na gestão da saúde de Goiânia, determinada pela Justiça local, tornou sua função desnecessária.
Pedro Gioia foi o segundo a assumir o cargo desde o final de novembro, quando o alto escalão da secretaria, incluindo o então secretário Wilson Pollara, foi preso sob investigação por irregularidades nos pagamentos a fornecedores.
O agora ex-secretário ressaltou a importância de um gestor único para lidar com os desafios da secretaria com eficiência e rapidez.
Pedro Gioia foi o terceiro Secretário de Saúde da capital em menos de 20 dias. Wilson Pollara foi o titular da pasta até ser preso em 27 de novembro de 2024. Cynara Mathias também deixou o cargo em 4 de dezembro, alegando motivos pessoais, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Intervenção
A intervenção do governo estadual na saúde de Goiânia foi determinada pela Justiça em 9 de dezembro de 2024. O médico Márcio de Paula Leite foi nomeado interventor pelo governador Ronaldo Caiado, a partir da indicação do prefeito eleito da capital, Sandro Mabel, em 10 de dezembro.
O Ministério Público de Goiás solicitou a intervenção estadual, após identificar sucateamento de unidades de saúde, longos períodos de espera em hospitais, internações inadequadas, retenção de verbas federais e outras irregularidades.
Crise na saúde
A gestão da saúde em Goiânia enfrenta uma crise que resultou na prisão do alto escalão da Secretaria de Saúde da capital, suspeitos de pagamentos irregulares e desvios de verbas. Uma das irregularidades que mais gerou comoção social foi a demora na disponibilização de leitos de UTI na capital, causando a morte de pelo menos seis pessoas.
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