O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), foi considerado inelegível por oito anos pela Justiça Eleitoral de Goiás. A decisão foi tomada pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), que alegou abuso de poder político por parte de Caiado durante as eleições deste ano para a Prefeitura de Goiânia.
No mesmo julgamento, a magistrada solicitou a cassação da chapa vitoriosa, composta por Sandro Mabel (União Brasil), reeleito, e pela vice-prefeita eleita, Coronel Cláudia (Avante). Ambos os casos podem ser objeto de recurso.
A sentença de Zorzetti impôs multas de R$ 60 mil para Caiado, R$ 40 mil para Mabel e R$ 5,3 mil para Coronel Cláudia.
A juíza apontou como motivo para a inelegibilidade de Caiado e a cassação da chapa de seus aliados o abuso de poder político ao utilizar o Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Goiás, para realizar jantares de apoio a Mabel durante o segundo turno da campanha eleitoral.
A ação que levou à inelegibilidade de Caiado foi movida por Fred Rodrigues (PL), candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e derrotado por Mabel no segundo turno. O Ministério Público Eleitoral já havia defendido a condenação de Caiado e Mabel, decisão que foi acatada pela juíza.
A defesa de Sandro Mabel divulgou uma nota comentando a decisão da Justiça Eleitoral que cassou a chapa por abuso de poder político. Os advogados Dyogo Crosara, Talita Hayasaki e Wandir Allan alegaram que se tratava apenas de uma reunião política realizada na residência do governador, sem desvio de finalidade ou gravidade.
Falas do governador
Na sentença, Zorzetti citou falas atribuídas ao governador nos jantares de apoio a Mabel, onde ele teria feito campanha eleitoral. O governador Caiado afirmou: “Vocês não estão aqui como pessoa física, estão aqui como líderes disputando uma eleição municipal. Não fui eleito, mas continuarei na luta política. Com Mabel na prefeitura, tenho acesso para resolver os problemas da minha região, pois ele tem meu apoio”.
Defesas
Ronaldo Caiado (União Brasil) acredita que conseguirá reverter a decisão de inelegibilidade na segunda instância, conforme divulgado pelo Metrópoles, na coluna de Igor Gadelha.
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