
A desembargadora Daniele Maranhão, responsável por soltar o empresário conhecido como “Rei do Lixo” na Bahia, também favoreceu o então presidente Jair Bolsonaro em 2020. Naquele ano, em meio à pandemia de Covid-19 no Brasil, ela acatou um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para dispensar Bolsonaro do uso de máscara enquanto circulava pelo Distrito Federal.
Na época, a desembargadora revogou uma decisão da 9ª Vara Federal Cível do Distrito Federal que obrigava o presidente a utilizar a proteção, sob pena de multa diária de R$ 2 mil. Daniele argumentou que a ação civil contra Bolsonaro não era a forma adequada de impor o uso da máscara, cabendo ao poder de polícia do Distrito Federal fazer cumprir a lei.
Em outra decisão polêmica, na quinta-feira (19/12), a desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) determinou a soltura de Marcos Moura e do vereador eleito Francisco Nascimento (União Brasil). Eles haviam sido detidos em 10 de dezembro na Operação Overclean, que investiga uma organização criminosa suspeita de fraudes, desvios de recursos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Federal, o grupo movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão durante o período investigado, incluindo R$ 825 milhões em contratos com órgãos públicos apenas em 2024.
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