Após a queda do governo de Bashar al-Assad, o líder das tropas rebeldes que lideraram a revolução prometeu reformas significativas. O desmantelamento das forças de segurança do antigo regime é destacado como uma das primeiras medidas. Em entrevista nesta quarta-feira (11), o representante do grupo rebelde falou sobre o futuro das prisões no país, ressaltando a importância da justiça e reconciliação.
O primeiro-ministro interino, Mohammed al-Bashir, assegurou o respeito a todas as minorias, incluindo xiitas e cristãos, e incentivou os milhões de refugiados sírios a retornarem ao país. Paralelamente, o líder do HTS, Abu Mohammed al-Golani, destacou que as forças de segurança ligadas ao antigo regime serão desativadas, e os responsáveis por perseguições políticas e torturas enfrentarão prisão e julgamento.
Nos últimos dias, foram descobertas várias prisões usadas pela ditadura de Assad, revelando violações dos direitos humanos e estimativas de cerca de 100 mil mortes nos últimos 13 anos. Tais descobertas têm sido amplamente divulgadas por fontes internas e externas ao território sírio, levantando dúvidas sobre a eficácia das promessas de moderação feitas pelo novo governo, especialmente devido ao histórico do grupo rebelde com ligações passadas com a Al-Qaeda.
O governo de transição deve permanecer até o início de março do próximo ano, podendo ocorrer partilha de poder, elaboração de nova constituição ou, menos provável, novas eleições. Em Damasco, a situação é relativamente tranquila, com a retomada das atividades comerciais, escolares e hospitalares. A expectativa é alta em relação às decisões do governo de transição, que segue anunciando seus próximos passos.
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