O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que não há votos suficientes na Casa para aprovar o pacote de corte de gastos proposto pelo Palácio do Planalto. Ele também destacou que a base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não possui o apoio necessário nem mesmo para aprovar o regime de urgência dos projetos de lei entregues pela equipe econômica do governo.
Lira declarou que o governo atual não tem votos para aprovar as urgências dos projetos de lei e do projeto de lei complementar. Ele mencionou a dificuldade em obter os votos necessários para a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que teve seu pedido de tramitação acelerada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O requerimento de urgência permite que a proposta seja discutida diretamente no plenário, sem a necessidade de passar por comissões. Porém, para ser aprovado, é preciso obter maioria absoluta, ou seja, 257 votos.
Durante um evento em Brasília, Arthur Lira expressou preocupação com a instabilidade política e a turbulência interna causada por eventos recentes. Ele ressaltou a necessidade de respeito aos limites entre os Poderes, destacando a importância da harmonia constitucional.
Apesar da falta de votos, Lira pretende colocar em votação ainda hoje os requerimentos de urgência dos projetos de interesse do governo. Nos corredores, deputados citam a falta de apoio em resposta à decisão do ministro do STF, Flávio Dino, de liberar emendas parlamentares.
Dino desbloqueou a execução dos recursos indicados pelos parlamentares ao Orçamento, mas gerou descontentamento ao impor restrições ao crescimento futuro das emendas. Parte dos parlamentares interpretou a decisão como uma interferência do governo Lula.
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