Lula vai ao Uruguai com missão de destravar acordo Mercosul-UE

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Lula no Uruguai

A Cúpula de Líderes do Mercosul, no Uruguai, começa nesta quinta-feira (5/12) com expectativa para uma possível finalização do acordo comercial entre o grupo e a União Europeia (UE), que se arrasta há mais de 20 anos.

Membros do governo brasileiro estão confiantes na retificação do contrato, que foi assinado durante a gestão de Jair Bolsonaro, mas não foi finalizado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá à cúpula na sexta-feira (6/12) e tem defendido a assinatura do acordo diversas vezes ao longo do ano, apesar da resistência da França.

“Nós vamos fazer o acordo do Mercosul não só pela questão do dinheiro. Vamos fazer porque estou há 22 anos nisso, e vamos fazer. Se os franceses não quiserem o acordo, eles não decidem mais nada, quem decide é a Comissão Europeia. E Ursula Von Der Leyen tem interesse em fechar o acordo, e pretendo assiná-lo ainda este ano. Tirar isso da minha pauta”, afirmou Lula em novembro.

O vice-presidente Geraldo Alckmin explicou o texto como “um ganha-ganha, bom para o Mercosul, para a União Europeia e para o mundo, favorecendo o multilateralismo”.

Em 2024, países da União Europeia pediram paciência até o fim das eleições em alguns locais, incluindo a França, para depois discutir novamente o acordo.

Lula, em junho, disse que “agora é problema deles” porque “nós, do Mercosul, estamos prontos para assinar esse acordo e estamos certos de que será benéfico para a América do Sul, para o Mercosul, e para os empresários e governos da União Europeia”.

As negociações também ocorreram quando presidentes de países europeus visitaram o Brasil este ano, com Emmanuel Macron, presidente francês, em Brasília discutindo sobre ajustes no termo.

A maior resistência vem da França, devido à pressão de setores tradicionais da economia, como o agronegócio, que se opõem ao acordo.

Recentemente, o diretor-presidente do Carrefour afirmou que o grupo deixará de comprar carne do Mercosul, enquanto um deputado francês comparou os alimentos produzidos na América Latina a “lixo”.

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