
O ex-jogador de futebol Mikheil Kavelashvili foi eleito presidente da Geórgia em meio a um processo eleitoral repleto de polêmicas e acusações de fraude. Kavelashvili, membro de um partido de ultradireita, tem posicionamentos contrários à União Europeia e busca uma maior proximidade com a Rússia. Sua eleição sugere um movimento em direção a Moscou, afastando-se das alianças ocidentais.
A decisão do governo de interromper o processo de adesão à União Europeia levou a protestos em várias partes do país, já que a maioria da população apoia a entrada no bloco. O partido de Kavelashvili, Sonho Georgiano, obteve 54% dos votos nas eleições parlamentares, no entanto, a oposição se recusa a participar do Legislativo, alegando irregularidades.
Embora Kavelashvili tenha sido eleito com amplo apoio no colégio eleitoral, sua vitória enfrenta questionamentos quanto à legitimidade. Observadores internacionais relataram manipulação e intimidação durante o processo eleitoral. A atual presidente, Salome Zourabichvili, solicitou a anulação das eleições e convocou a população a se manifestar contra os resultados, o que resultou em confrontos violentos entre manifestantes e forças de segurança.
No último sábado, centenas de pessoas protestaram em frente ao Parlamento contra a eleição de Kavelashvili, evidenciando a insatisfação popular. Além de presidente, Kavelashvili lidera o movimento Poder Popular, que endossou uma polêmica legislação sobre “agentes estrangeiros”, vista pela oposição como uma tentativa de silenciar organizações não governamentais críticas ao governo, aumentando a tensão política no país.
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