Uma operação realizada nesta terça-feira (3) cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão preventiva contra um grupo acusado de fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Itaberaba, na Bahia. Estima-se que mais de R$ 9 milhões tenham sido desviados e o prejuízo evitado ultrapassa R$ 24 milhões.
A operação, chamada “De volta para o futuro”, foi conduzida pela Polícia Federal, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal na Bahia (Gaeco-MPF/BA) e a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social do Ministério da Previdência Social.
Segundo as investigações, iniciadas seis meses atrás, benefícios previdenciários foram concedidos na agência de Itaberaba com a inserção de vínculos trabalhistas falsos. Duas servidoras locais promoviam a inclusão desses vínculos (sem documentação comprobatória), concedendo indevidamente benefícios de aposentadoria a terceiros.
Os benefícios fraudulentos resultaram em pagamentos mensais e em valores retroativos elevados, já que datas falsas eram inseridas no sistema para aparentar início dos benefícios. Além disso, uma das servidoras inseria ordens de pagamento indevidas no sistema, gerando créditos em duplicidade, envolvendo parentes e pessoas ligadas a elas na fraude.
O Ministério Público Federal identificou intermediários que indicavam pessoas para receber os benefícios fraudulentos, dividindo os lucros. Parte do dinheiro indevidamente pago pelo INSS retornava às servidoras e aos intermediários. Os mandados foram cumpridos também em Feira de Santana e Salvador, e os suspeitos enfrentarão acusações de organização criminosa, inserção de dados falsos e lavagem de dinheiro.
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