Na última segunda-feira (18), o parlamento alemão rejeitou a moção de confiança proposta pelo chanceler Olaf Scholz, abrindo caminho para a possibilidade de eleições antecipadas na Alemanha. Com a perda de maioria parlamentar devido ao colapso da aliança entre sociais-democratas, ecologistas e liberais, Scholz convocou a votação no Bundestag, onde 394 deputados votaram contra a moção, 207 a favor e 116 se abstiveram.
Agora, o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, terá que decidir sobre a dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições dentro das próximas três semanas. A Alemanha, maior economia da Europa, enfrenta uma crise política grave, que remete à instabilidade política na vizinha França. Será a quarta vez em 75 anos que o país antecipa eleições desde sua fundação.
A coalizão liderada por Scholz entrou em colapso em novembro, após a demissão de Christian Lindner do cargo de Ministro das Finanças, devido a discordâncias sobre o orçamento. Desde então, o governo opera em minoria, com as iniciativas legislativas paralisadas. A crise atual é fruto de meses de disputas entre os partidos aliados sobre questões como política econômica, migração e conflitos pessoais.
No sistema parlamentar alemão, o chanceler é o chefe de governo, enquanto o presidente tem um papel mais protocolar. A situação política evidencia os desafios que a Alemanha enfrenta para manter a estabilidade governamental diante de divergências internas importantes.
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