
O município de Barreiras, localizado no extremo oeste da Bahia, entrou para a lista de cidades envolvidas no esquema de lavagem de dinheiro e superfaturamento de contratos protagonizado pelos irmãos Alex e Fábio Parente. A Operação Overclean, realizada pela Polícia Federal, revelou que os irmãos Parente lideravam um grupo que desviava dinheiro dos cofres públicos.
Nas investigações, constatou-se que o esquema em Barreiras movimentou cerca de R$ 14 milhões em contratos, envolvendo pelo menos um secretário municipal e uma servidora identificada como Maria. Através de uma empresa de fachada, o grupo conseguiu fechar 24 contratos com a prefeitura local, conforme dados do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia.
Por meio de escutas, a Polícia Federal captou uma conversa entre Alex e um interlocutor não identificado, onde se discutia o pagamento de propinas para liberar contratos com a prefeitura. Além disso, houve menção a uma servidora chamada Maria, que estaria envolvida na liberação dos pagamentos contratualmente acordados.
Outro ponto levantado nas investigações foi um possível esquema de pagamento de propina envolvendo a empresa GMD Borba Distribuidora Ltda. e a Qualymulti Serviços dos irmãos Parente. O montante movimentado chegou a ultrapassar os R$ 800 mil em oito pagamentos realizados em um curto período de tempo.
O grupo de Barreiras venceu uma licitação para prestação de serviços de engenharia, já arrecadando mais de R$ 4 milhões dos R$ 10 milhões acordados. No total, a movimentação financeira do esquema na cidade supera os R$ 14 milhões.
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