Esquema em Jequié movimenta mais de R$ 1 milhão em contratos da Allpha Pavimentações
A empresa Allpha Pavimentações está envolvida na Operação Overclean por superfaturamento e desvio de dinheiro em contratos com prefeituras baianas, incluindo a de Jequié. Nesse esquema, que movimentou mais de R$ 1,4 milhão, uma servidora da Secretaria Municipal de Infraestrutura teria recebido propina para favorecer a empresa.
Kaliane Lomanto Bastos, responsável pela fiscalização de obras da Allpha Pavimentações, é apontada como uma das principais suspeitas do esquema em Jequié, tendo recebido mais de R$ 48 mil em propina para facilitar a obtenção de contratos e a liberação de pagamentos.
Conversas telefônicas obtidas pela Polícia Judiciária mostram Kaliane cobrando pagamentos a um dos sócios da Allpha, Alex Parente, e mencionando a necessidade de “reequilíbrio” nos contratos para justificar valores extras. O prefeito de Jequié, Zenildo Brandão Santana, também é citado, mas não é considerado suspeito de envolvimento no esquema.
A Polícia Federal identificou ainda que Kaliane recebeu valores em nome de Amauri Sampaio, engenheiro fiscal de obras da Prefeitura de Mirante, cidade próxima a Jequié. Clebson Cruz, considerado o “braço direito” de Alex Parente, seria um dos operadores do esquema envolvendo as empresas ligadas à família Parente.
Com base na análise de sigilo bancário, a Polícia Federal constatou que os pagamentos da Prefeitura de Jequié para a Allpha Pavimentações chegaram a mais de R$ 1,4 milhão, com o último ocorrendo em janeiro de 2024.
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