Opositores venezuelanos pediram no domingo (1º) a libertação dos “presos políticos”, a maioria detidos durante os protestos após a polêmica reeleição do presidente Nicolás Maduro. Paralelamente, Maduro liderou um evento em defesa do Natal.
A manifestação, convocada pela líder opositora María Corina Machado, ocorreu sem a presença dela, que está na clandestinidade. O protesto pedia que o Tribunal Penal Internacional pressionasse pela libertação de mais de 1.900 detidos, incluindo 42 menores de idade, segundo a ONG Foro Penal.
Maduro foi declarado reeleito após as eleições de 28 de julho para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, acusado de favorecimento por parte da autoridade eleitoral. A oposição, liderada por Machado, acusa Maduro de fraude eleitoral, alegando que seu candidato foi o verdadeiro vencedor.
A proclamação de Maduro gerou protestos que deixaram 28 mortos e quase 200 feridos na Venezuela. Em atos semelhantes realizados em outras cidades ao redor do mundo, como Bogotá, Buenos Aires, Washington, Madri e Tóquio.
Enquanto isso, Maduro ironizou o uso do batom vermelho, afirmando que o coração bolivariano e chavista é o único bem pintado de vermelho. Ele descreveu a Venezuela como o país da alegria e pediu pela continuidade da paz em dezembro.
Os seguidores do chavismo usavam gorros de Papai Noel, e a primeira-dama, Cilia Flores, vestiu um suéter com a imagem de uma rena. Em meio à crise decorrente de sua reeleição questionada, Maduro havia decretado o início antecipado do Natal a partir de 1º de outubro.
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