O debate sobre a criação de um Tribunal de Justiça Militar da Bahia está gerando conflito entre a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, e o desembargador Baltazar Miranda Saraiva.
A desembargadora decidiu arquivar o anteprojeto de lei que propunha a implementação da nova Corte. O desembargador recorreu, pedindo uma retratação e o julgamento da matéria pelo Pleno, argumentando que a Comissão de Reforma do tribunal aprovou a proposta.
A presidente destacou em sua decisão que o anteprojeto apresenta deficiências estruturais e está em desacordo com as prioridades financeiras do tribunal. Ela ressaltou os custos de implementação, manutenção e pessoal necessários para o Tribunal de Justiça Militar.
Por outro lado, o desembargador Baltazar argumentou que a implantação do tribunal militar não teria um grande impacto financeiro, pois parte da estrutura necessária poderia ser reaproveitada do TJBA. Ele defende a especialização da Justiça Militar para lidar de forma mais eficaz com processos envolvendo militares.
A proposta prevê a instalação do Tribunal de Justiça Militar em Salvador, com jurisdição em todo o estado da Bahia.
Os dois desembargadores têm visões divergentes sobre a necessidade e viabilidade da criação do Tribunal de Justiça Militar, baseadas em argumentos financeiros e de eficiência no processo judicial.
Em meio a essas discordâncias, o embate entre os magistrados continua, com questionamentos sobre a conveniência e adequação da criação da nova estrutura judicial na Bahia.
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