A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a manutenção da prisão preventiva do general Braga Netto, contestando um pedido de revogação feito pela defesa. O militar está detido desde o dia 14, sob suspeita de tentar obstruir a Justiça em uma investigação sobre um suposto golpe após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.
No parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral Paulo Gonet argumentou que os motivos que levaram à prisão preventiva permanecem válidos e que não há fatos novos que justifiquem a alteração da medida.
Após quatro dias da prisão, o advogado José Luís Oliveira Lima assumiu a defesa de Braga Netto, afirmando que o general não cometeu nenhum crime e descartando a possibilidade de um acordo de delação.
A PGR já havia se posicionado a favor da prisão preventiva, alegando que era necessária para evitar interferências nas investigações sobre um plano golpista de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Gonet ressaltou na ocasião que Braga Netto representava um “risco concreto à aplicação da lei penal”.
Em depoimento, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, relatou que o general tentou influenciar sua delação. A Polícia Federal solicitou a prisão de Braga Netto por considerar que, em liberdade, ele representaria um risco à ordem pública, podendo interferir na investigação.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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